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História

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Com a decadência do ouro na região de Ouro Preto, o governador, da Província de Minas Gerais, resolveu explorar a região da Barra do Cuieté (Conselheiro Pena), na tentativa desesperada de encontrar o ouro relatado pelo bandeirante Antonio Rodrigues Arzão, no século XVI.

Assim, construíram em 1779 uma ponte sobre o Rio Doce, fizeram uma estrada (picada) na densa mata e um ponto de apoio ou parada sob uma grande pedra em Quartel do Sacramento. Passaram pela região de Passa Dez, Entre Folhas e seguiram pelo Rio Caratinga, chegando em 1781 à barra do Cuieté, local onde ficava uma antiga aldeia de índios denominada: “Casa de Casca”.

Em 1808, com o interesse de colonos de se estabelecerem ao longo do Vale do Rio Doce e, o medo dos índios botocudos, foi decretado guerra “justa”, aos mesmos, pelo príncipe regente Dom João VI, ocasião em que os ditos índios atearam fogo à ponte construída, o que lhe rendeu o nome de: Ponte Queimada.

HISTÓRIAComo a guerra não surtia o efeito desejado, por volta de 1820, Guido Tomaz Marliére, soldado francês, que lutara nas guerras napoleônicas e que passou a servir ao Império Português foi designado comandante das divisões militares do Vale do Rio Doce. De formação iluminista, ao invés de guerra aos índios, este praticava a catequização dos mesmos, objetivando levá-los para o mundo civilizado.

Em 1824, Guido Marliére dá nome ao aldeamento de índios de: ‘Petersdorf’(Aldeia de Pedro), posteriormente, destacamento do Sacramento. O comandante do dito destacamento era o Sargento João José dos Reis (Sargento Reis).

No ano de 1847, Reginaldo Lopes e João José da Silva foram os primeiros a tomarem posse de sesmarias de terras na região da atual cidade de Bom Jesus do Galho. Assim, de 1779 a 1847 houve uma corrente migratória das cidades históricas mineiras até a região do Galho, A partir de então, outras correntes oriundas das cidades de Araponga, Jequery, Ervália,
Viçosa e tantas outras cobiçaram a se estabelecer na região.

Os que chegavam ganharam ou adquiriram terras, geralmente, a título precário, e, tornavam a vendê-las ou repassavam aos filhos casados e ávidos por terras.

Muitos afirmavam que o nome “Galho” era decorrente do encontro de dois ribeirões (Gaio e Sacramento); outros que o nome deriva do fato de que o Galho era um aldeamento indígena desmembrado de Quartel do Sacramento, objetivando a defesa das terras. Outra versão diz ainda que o nome seja derivado de uma imensa árvore que caíra sobre o rio Sacramento e que utilizavam seus galhos para travessia do dito rio.

Eram moradores da região antes de 1860: Delfino Rodrigues Ferreira e Bento Coelho Leal nas vertentes do Córrego do Macaco; Francisco Xavier Ferreira no Sacramento; Manoel Ferreira Veloso e João Pereira Barbosa no Galho, Dona Maria José Fundaça no Córrego da Fundaça; Major Antonio Vieira ao poente; Luiz Fernandes ao norte; e Manoel Cardoso ao sul. Para os lados do Galho adquiriram terras a partir de 1860: Luiz Zeferino Damasceno, Francisco José dos Santos, Manoel Joaquim Moreira, Romualdo Antonio de Sá e Castro e outros.

Por volta de 1880, acometido de uma grave enfermidade, Adão Coelho, que comprara terras de posseiros anteriores, fez uma promessa ao Senhor Bom Jesus, que se fosse curado, doaria ao Santo seis alqueires de terras e lhe construiria uma capela. Curado, construiu no mesmo local da atual Igreja Matriz, uma pequena capela tampada de sapê e cercada de esteiras de taquara. Pouco tempo depois, imigrantes começaram a construir pequenas casas comerciais e residenciais nas proximidades da pequena igreja.

Em 1900 havia cinco casas ao redor da igreja, uma delas construída sobre a catana de uma peroba. Nesta época, o povoado do Galho era a localidade mais desenvolvida da região, com várias casas residenciais, comerciais, açougues e cartório. No entanto, no ano de 1911 o povoado do Bom Jesus supera o então Distrito do Galho e este, passa a pertencer à Vila e posteriormente, Distrito do Senhor Bom Jesus.

Em 1919 ocorre a primeira festa religiosa organizada por Monsenhor Aristides da Rocha e seu companheiro Padre Dionísio Homem de Faria e, que, dá origem ao tradicional Jubileu.

Na década de 1920, com a chegada da Estrada de Ferro Leopoldina, presencia-se um rápido desenvolvimento na região. Antonio Tomaz de Assis começa a arrecadar dinheiro e donativos dos moradores para construção de torres naquela que já era a segunda igreja e, que, seria posteriormente demolido com a construção do Santuário do Senhor Bom Jesus; (décadas de 1940 e 1950).

Em 31 de dezembro de 1943, Bom Jesus do Galho é desmembrado de Caratinga, passando-se à condição de município, através do Decreto-Lei nº. 1058, conservando a sua denominação.

 
 
 
 
 

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R. Vereador José Silva Jacob, nº 59, Centro
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Telefone: (33) 3354-1451
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